sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Itinerários

Ef. 2:10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.

Assisti um filme sobre uma menina que, do dia para a noite, virava princesa. Então, em sua primeira manhã como princesa, foi acordada por seus secretários lhe passando o itinerário das suas atividades para o dia: dez horas, encontro com o primeiro-ministro, onze horas, reunião com o grupo de senhoras, meio-dia, almoço com a rainha, e por aí vai.
Fiquei então imaginando se Deus teria um itinerário para nossas vidas. Se Ele teria um momento específico para determinados encontros, uma espécie de agenda programada para nós. Acredito que sim.
Pensei nisso tentando entender um pouco a espera. Por que tantas vezes precisamos esperar? Por que certas portas não se abrem anos antes? Por que não partimos para determinado lugar meses antes? Às vezes reclamamos da demora em certos momentos, quando estamos esperando que algo aconteça, principalmente quando sabemos que foi o próprio Deus quem prometeu. Percebi que existem várias razões para isso, mas uma delas são os encontros divinos. Deus tem uma agenda e um itinerário específico de cada caminho, sabe exatamente quando, onde e como eles devem se cruzar. Como um engenheiro ao estabelecer os trilhos dos trens e o horário para cada um passar por ali em perfeita harmonia e sem colisões. É um trabalho esmeroso e muito preciso. Qualquer falha causará acidentes irreparáveis.
Da mesma forma Deus orquestra nossos caminhos com perfeita precisão. Se somos guiados por Ele, estaremos sempre no lugar certo e, principalmente, na hora certa.

Eis que eu estou em pé junto à fonte, e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água; faze, pois, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela responder: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; seja aquela que designaste para o teu servo Isaque. Assim conhecerei que usaste de benevolência para com o meu senhor. Antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro sobre o ombro. (Gn. 24:13-15)

Aquele era um dia como outro qualquer para Rebeca. Talvez ela não imaginasse que havia um itinerário programado para sua vida naquela dia, algo tão especial que a colocaria dentro da linhagem do Messias. Mas havia.
Com precisão, os caminhos de Rebeca se cruzaram com os daquele viajante naquele dia específico e sua vida nunca mais foi a mesma.
A história me dá a entender que Rebeca vinha esperando por esse momento com ansiedade, desejando uma mudança que nem ela entendia, mas quando o momento finalmente chegou, ela não teve dúvida e partiu imediamente, apesar da insistência da sua família para que ficasse mais uns dias. Em seu coração devia arder a expectativa de que Deus tinha algo maior para a sua vida.

E o que dizer de Rute?

Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Casualmente entrou justo na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque. Naquele exato momento, Boaz chegou e saudou os ceifeiros: “O Senhor esteja com vocês.” (Rute 2:3,4)

Quem conhece a história de Rute sabe o quanto aquele encontro com Boaz significou. Dele veio salvação para sua casa e para o mundo. Desse encontro nasceram reis e reinos. Desse encontro veio o Messias, o Rei dos reis, o Salvador. Que grande momento! Mas e se Rute não estivesse ali naquele dia? E se ela tivesse decidido ficar em sua terra? E se estivesse cansada da demora?
Deus sabe o quanto ela precisou lutar contra as resistências da sua alma, os conselhos de sua sogra para que ficasse em Moabe, e permanecer firme em uma esperança que nem mesmo ela sabia o que significava. Sua convicção era tanta que deixou tudo e partiu com Noemi para uma terra desconhecida, sem promessa de riqueza, mas pelo contrário, expectativa de pobreza e mendicância. Nada a impediu, pois imagino que um sonho de Deus queimava em seu coração.

Talvez se Rute e Rebeca pudessem contar suas histórias teríamos detalhes bem interessantes do que se passava em seus corações. Mas acredito que, como José e Abraão, essas duas mulheres tinham de Deus sonhos, palavras divinas sussurradas em seus ouvidos, expectativa de grandezas que mal conseguiam expressar.
É assim que Deus faz, Ele planta no coração dos homens os Seus planos. Rute e Rebeca, assim como Abraão e José, sabiam que havia coisas maiores para alcançar, além do que seus olhos podiam enxergar ou suas palavras conseguiam explicar. Apenas sabiam. E essa certeza lhes deu firmeza para abandonar a segurança de tudo o que conheciam quando o momento finalmente chegou e partir para o desconhecido, confiando apenas naquilo que Deus lhes falou ao coração.

Confie no Senhor. O momento chegará!

Ec. 3:1 Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
Ec. 3:11 Tudo fez Deus formoso em seu devido tempo

Um comentário:

  1. Sabe irmã, quando Paulo escreveu em I Co 13.7: "O AMOR,tudo sofre, tudo crê, tudo ESPERA, tudo suporta". Fico me perguntando: Será que essa palavrinha que vem em seguida - SUPORTA - foi posta aí por acaso?! Com certeza não!

    Mais sabe o que mais alegra o meu coração em td o que Deus tem nos ensinado nessa caminhada? É que primeiro não estamos sós e depois que Quem faz com que possamos esperar e suportar até o tempo do cumprimento é Ele,o Amor, não somos nós!
    Eu gosto mt dessa frase de Joyce Meyer:

    "Nossas fraquezas são simplesmente lugares onde Deus pode mostrar-se forte em nós."

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