quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cruzamentos


Gênesis 40:3,4 e mandou prendê-los na casa do capitão da guarda, na prisão em que José estava. O capitão da guarda os deixou aos cuidados de José, que os servia.

Você já reparou que em vários momentos da nossa caminhada nossos caminhos se cruzam com o de outras pessoas? Elas chegam mesmo a caminhar conosco boa parte do tempo, até que as estradas se dividem e elas se vão. São belas surpresas da parte do Senhor.
Acredito que Deus tem propósitos especiais nesses encontros. Seja para que sejamos abençoados ou abençoemos, ou mesmo que tenhamos companhia em um trecho da jornada, cada encontro tem um propósito específico. Talvez nunca venhamos a saber aqui na terra qual o motivo de nossos caminhos terem cruzado o de certa pessoa, mas certamente houve algo proveitoso na experiência, seja bom ou ruim.
Em toda a bíblia vemos Deus entrelaçar os caminhos dos homens em verdadeiros encontros divinos. Em alguns deles verdadeiros laços foram criados: Davi e Jonatas, Rute e Noemi, Paulo e Silas.
Houve ocasiões, porém, em que o Senhor colocou pessoas em contato com seu povo para que Seus propósitos fossem cumpridos: José e os servos de Faraó, Rute e Boaz, Ester e o rei Assuero.
No caso de José, havia anos que ele estava completamente esquecido na prisão de Faraó. Não havia chance que ele fosse lembrado por alguém, principalmente por se tratar de um reles escravo. Não havia chance de todos aqueles sonhos que teve se cumprirem visto que ele estava acorrentado em um porão velho e fétido, junto à escória do Egito. Quem se lembraria dele ali? Não havia ninguém naquela prisão que pudesse compreender os sonhos que ele trazia no coração. Quem o tiraria dali? Não havia ninguém que tivesse interesse em interceder a seu favor.
A parte mais linda dessa história é que, no momento certo, Deus enviou pessoas até José. Enviou pessoas até ele ali, na prisão onde ele estava. José não precisou se esforçar pra ser notado, chamar a atenção e conseguir a ajuda de alguém. Acredito que ele nem esperava aquela surpresa da parte do Senhor. Mas acredito também que ele soube reconhecer a oportunidade.
Finalmente José enxergava uma luz no fim do túnel, uma oportunidade de ser lembrado, de obter o favor do rei. Depois de tantos anos sem enxergar nada, finalmente José enxerga Deus se movendo em sua vida. Ele acreditava que fora Deus quem colocou aqueles homens importantes em sua vida com o propósito de tirá-lo dali e enfim cumprir Suas promessas. Imagino como seu coração se encheu de esperança e expectativa. Imagino também como aquela excitação foi minguando à medida que o tempo passava e, mesmo ele sabendo que Deus tinha lhe mostrado sua via de escape, nada acontecia. Dois anos se passaram e nada, nenhuma palavra, nenhuma notícia.
Pense nisso! Às vezes esperamos algo do Senhor e começamos até mesmo a ver o Seu mover, ficamos empolgados, porém a manifestação da promessa ainda não chega. O que fazer? Estaria Deus brincando conosco? Estaríamos nos iludindo com falsas esperanças? Imaginando coisas? Ou teríamos nós falhado em nossa fé? O que José deve ter pensado?
Muitos são os pensamentos, mas o fato é que não sabemos o motivo de tanta espera. O que sabemos foi que, ao final de toda a história, Deus fez com José infinitamente além do que ele imaginava. Tudo bem que ele tinha sonhado com os irmão se curvando diante dele e mesmo o sol e as estrelas lhe prestando homenagem, mas governador de todo o Egito da noite para o dia?? Isso estava além da imaginação de José.
Entretanto, ninguém poderá dizer que esse momento o pegou de surpresa. Embora tenha sido de forma inesperada, José esperava por aquele momento. Ele tinha a convicção dos sonhos de Deus pra sua vida no coração e a guardou firmemente durante os duros anos de sequidão no cativeiro. Acredito que ele exerceu fé semelhante a de Abraão, considerou Deus fiel para cumprir o que prometeu e permaneceu firme, não deixando corromper-se pela sujeira do Egito e pela tentação de pensamentos de desespero e dúvida.
Acredito que quando temos uma promessa de Deus no coração ela arde mesmo nos momentos difíceis, e isso nos ajuda a encontrar forças quando a estrada se torna comprida e entediante, quando a espera é longa e nada acontece, sequer enxergamos sinal de vida no horizonte. Nessas horas é somente a confiança naquilo que ouvimos da parte de Deus que nos faz continuar caminhando.
Graças a Deus pelos exemplos deixados na Sua Palavra. Eles são como âncoras para nossas almas.O momento certo chegará, mas somente aqueles que, como José, não perderam a expectativa da promessa verão cumpridos os sonhos de Deus em suas vidas.

Um comentário:

  1. Ai,ai,ai, minha irmã!Essas Palavras foram na direção certeira do meu coração! Ah... José, José!!!Como eu me identifico com esse homem. Creio que todas nós, de alguma forma, temos as suas marcas trazidas em nós, assim como temos as de Cristo.Portanto,alegre-mo-nos! "Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória." Rm 8.17

    Amém, amém, amém!

    Beijinhos, linda!

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